sábado, 29 de setembro de 2012

Análise do documentário De La Servidumbre Moderna

O filme De La Servidumbre Moderna (Da Servidão Moderna) nos faz concordar que, à princípio, a servidão moderna é uma servidão voluntária e consensual, pois os homens se conformam com a sua posição mediante a ditadura mercantilista em que, oferecendo o seu trabalho por meio da produção, compram e consumem e assim se escravizam mais.

O documentário nos permite perceber como o ser humano se deixa alienar, perdendo a sua identidade e autonomia. Desse modo, assiste a tudo passivamente na condição de subserviente, sem consciência de sua exploração e alienação.

Vendo por esse prisma, pode-se afirmar que o homem está sob o controle das esferas de produção, de modo que os diversos segmentos sociais e as diversas instituições mantém o sistema sob o controle dos poderes dominantes. 

Vemos desde cedo as crianças serem, conscientemente ou não, instruídas a consumir e a satisfazer-se através de ganhos e recompensas. Então passam a fazer parte da sociedade do consumo, tendo em vista que assim o homem é e se realiza.

A crise na saúde, educação e segurança, por exemplo, é reflexo do sistema capitalista e pautado no consumo, tornando-se um problema social agravante e decadente. Então, essas instituições perde em parte a sua função por não atender as necessidades da sociedade. No contexto educacional, fatores como o consumismo desenfreado, o “ter”e não o “ser” vão ocupando espaços cada vez maiores, de modo que o conhecimento parece ser dispensável e não tão necessário.

E qual o papel da educação diante desse quadro? O primeiro passo para que tenhamos cidadãos mais cientes e resistentes a servidão moderna está na formação de profissionais da área. Através de educadores capacitados, a educação tem condições de adquirir novos significados no desenvolvimento de uma sociedade menos alienada e mais informada.

A escola é e sempre será um caminho para a busca de soluções. Esse canteiro de conhecimento pode, ainda que tímida e gradativamente, traçar novos caminhos para um mundo melhor, capaz de construir alternativas de vida que visam liberdade do homem, menos dependente e conscientemente mais crítico.