FEITO FERA FERIDA
Era Agosto.
Cheio de gosto te conheci.
E à gosto nos tocamos, nos sentimos, nos amamos...
Agosto passou
E o desgosto chegou.
E mais que trinta dias, parece que não tem fim.
Não tem fim a dor.
Meu peito está aberto, machucado, mortalmente ferido.
Coração exposto, dilacerado,
À mostra de uma realidade destituída de qualquer sentimento seu.
Sem compaixão, o devaneio sagaz me amofina,
Veleja em minhas veias,
Percorre todo o meu corpo,
Quer o meu coração parar.
E eu quero viver!
Mas o peito está aberto, vulnerável...
Dos meus olhos vertem vertiginosamente,
Lágrimas de sangue
Já não sei mais o que vejo
E confuso, meus olhos mentem.
Meu hálito resseca meus lábios
Que sangram em busca de vida
Meu corpo padece, perece,
Os poros da epiderme se dilatam.
Sinto a pele rasgar por onde um dia você tocou
E prometeu aquecê-la com os seus abraços
As suas juras falsas e dissimuladas
Que jamais me faria sofrer
Agora cai por terra.
E junto a elas caio eu,
Ferido brutalmente,
Golpeado, lanceado,
Feito fera ferida
Que outrora, em outra vida,
Jamais pudera imaginar
Que um dia te conhecer
Fosse sinônimo de morrer.
Autor: Leo Cruz
linda poesia
ResponderExcluirse a poesia for verdade qem te fez tanto mal deve ser oco por dentro
bjs